Estou sentada em uma mesa de bar, refletindo…
Ando sentindo tantas coisas ultimamente que nem sei onde começa e onde termina. Sinto saudades de você. Você sente de mim? Duvido… Quero ser mãe, mas também quero viajar o mundo e não ter nenhuma responsabilidade. Quero paz, mas, às vezes, o tédio me incomoda. Quero novidade, mas gosto do conforto e da falsa sensação de controle que o conhecido me traz. Quero sair para dançar, pular em algum show, mas também estou tão cansada que nem queria sair da cama…
Estou comendo um salgado, mas meu corpo pede um doce… Pedi uma cerveja, mas queria estar tomando vinho. A dor da sua partida tem me feito sentir toda a dor do mundo. Mas quem partiu fui eu. Será? Talvez eu só queira acreditar que fui mais rápida que você.
O que é realmente importante na vida de cada um de nós? Você deve ter sua própria lista. Acredito que é entre prazeres e dores que respondemos a essa pergunta interior. O importante é não abrir mão da essência que nos persegue. Quase sempre, quando a deixamos partir, fugimos de nós mesmos.
Sempre vou viver a minha vida como uma louca sonhadora incansável, sempre em busca do inesperado, do novo, do improvável. E, no meio dessa viagem, quero descobrir caminhos para lutar, para lidar com os amores e desamores. É a vida! E, infelizmente, ela não tem manual.
Ainda há quem diga que se entregar demais é perigoso, que corremos o risco de sofrer. Discordo. É melhor se entregar e ser feliz, pois viver já é um risco, um risco bom. É preciso se entregar ao vento, ao mar, à beleza da lua, ao cheiro das flores, a um pedido de perdão e até a uma dor.
Isso é importante, porque, se a dor for vivida intensamente, é capaz de te recompor com a mesma força.
Felicidade existe. É um tsunami de emoções.
Gosto de ser assim: solitária e alegre ao mesmo tempo. Sempre dramática. Ver emoção em tudo é uma delícia, tanto que, quando uma dor bate forte, sinto o alívio de estar viva, de sofrer. Realmente viva. Com a certeza de que tudo, daqui para frente, será ainda mais belo.
Viver é cair e se levantar. Mas isso só acontece para quem sabe se entregar, chorar, se arrepender, perdoar, amar, amar e amar… e continuar vendo graça até nas horas tristes da vida.
Legal que voltou a postar mais aqui!